É onde termina - fatidicamente
A pergunta derradeira de ontem
Caindo no paradoxo do não-ser
Examinando com cautela,
A meta traçada pelo passado.
As aranhas da parede
Estão me olhando
Isso as mata de tédio
Suas seis pernas sonham,
Sonham com o dia de enrugar-se,
Virar borboletas e dar piruetas.
Desconheço as propriedades da matéria
Uma barra de ferro
Separa o leito confortável
Do espírito ascendente
Que saiu de um ovo esférico
Conhecido por lágrima.
Entorpecido por distúrbios
Pego referência na contra-mão
E volto pela mesma avenida
Que andei,para chegar aqui
No suor do seu rosto ,desperto,
Imaginando a madrugada que se foi.
A madrugada já se foi
E junto com ela eu fui
Meio óvulo,meio espermatozóide,
Gênio das cidades pequenas,
Perna de aranha na parede
Liquidificador liquidificando idéias.