sábado, 31 de julho de 2010

Vinho, Sangue e Orgia

Ao lado da minha morada
Têm uma festa.
Não sei o que acontece lá...
Parece ser bruxaria,
Um festim animado,
Vinho, sangue e orgia!
Vinho, Sangue e Orgia

Nutrir-se de vinho,
Banhar-se de sangue,
Profanar-se na orgia
Galopar com a morte
No vale das almas esquecidas.

Vinho,sangue e orgia!
Por que privar-se destes talentos?
Se Deus nos deu, que aproveitemos!
O pecado já está despedaçado,
As velas vão queimando
Num momento solene
De vinho, sangue e orgia!

Me desfaço e me refaço
Nessa obra, dita ser do Diabo
Tudo ao redor chora
Até na festa ao lado da minha morada
Choram amores e pesadelos
Choram rosas e choram remorsos
Batuque de ossos
No clima que paira no ar...magia
No festim de vinho, sangue e orgia.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Umbras Vitae

A marca exata da esistência
É onde termina - fatidicamente
A pergunta derradeira de ontem
Caindo no paradoxo do não-ser
Examinando com cautela,
A meta traçada pelo passado.

As aranhas da parede
Estão me olhando
Isso as mata de tédio
Suas seis pernas sonham,
Sonham com o dia de enrugar-se,
Virar borboletas e dar piruetas.

Desconheço as propriedades da matéria
Uma barra de ferro
Separa o leito confortável
Do espírito ascendente
Que saiu de um ovo esférico
Conhecido por lágrima.

Entorpecido por distúrbios
Pego referência na contra-mão
E volto pela mesma avenida
Que andei,para chegar aqui
No suor do seu rosto ,desperto,
Imaginando a madrugada que se foi.

A madrugada já se foi
E junto com ela eu fui
Meio óvulo,meio espermatozóide,
Gênio das cidades pequenas,
Perna de aranha na parede
Liquidificador liquidificando idéias.



Umbra Vitae

A marca exata da esistência
É onde termina - fatidicamente
A pergunta derradeira de ontem
Caindo no paradoxo do não-ser
Examinando com cautela,
A meta traçada pelo passado.

As aranhas da parede
Estão me olhando
Isso as mata de tédio
Suas seis pernas sonham,
Sonham com o dia de enrugar-se,
Virar borboletas e dar piruetas.

Desconheço as propriedades da matéria
Uma barra de ferro
Separa o leito confortável
Do espírito ascendente
Que saiu de um ovo esférico
Conhecido por lágrima.

Entorpecido por distúrbios
Pego referência na contra-mão
E volto pela mesma avenida
Que andei,para chegar aqui
No suor do seu rosto ,desperto,
Imaginando a madrugada que se foi.

A madrugada já se foi
E junto com ela eu fui
Meio óvulo,meio espermatozóide,
Gênio das cidades pequenas,
Perna de aranha na parede
Liquidificador liquidificando idéias.




segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Ter Saudades

Ter saudades!
Ato contínuo da condição humana,
Filosofia dos fracos,
Gênero dramático do teatro da vida.

Ter saudades!
Força dos poetas do século,
Presença no amor
Duas estrofes de saudade

E um verso disperso de dor...